O sonho da casa própria se transformou em pesado e prejuízo real para três famílias de Franca que caíram no conto de um suposto corretor de imóveis. Isto, até o momento. A polícia acredita que o número de vítimas pode ser maior. Um homem é acusado de receber dinheiro adiantado de clientes e de não repassar para os donos de casas que seriam compradas. Há dez dias, ele fechou as portas de sua imobiliária e desligou o celular.
No dia 16, o instalador de som AAG, 26, foi ao plantão policial e disse ter comprado um imóvel no Jardim Luiza do pretenso corretor, que, até então, tinha uma imobiliária no Centro da cidade. O golpista pediu que a vítima pagasse R$ 23 mil de entrada. O valor foi pago em duas parcelas, a primeira de R$ 5 mil, no dia 1º de agosto de 2014, e outra de R$ 18 mil no dia 11 do mesmo mês, sendo que o acusado prometeu que o dinheiro seria repassado ao proprietário da casa, o que não aconteceu.
Na última sexta-feira, a vítima conheceu o dono do imóvel e ficou sabendo que ele não recebeu dinheiro algum. A namorada do instalador de som entrou em contato com a Caixa Econômica Federal e foi informada que o procedimento de financiamento do banco já estava pronto, faltando apenas pagar a entrada e assinar o contrato. A vítima tentou entrar em contato com o corretor e com a imobiliária e não conseguiu. Foi quando desconfiou que caiu em um golpe e resolveu procurar a polícia.
Na segunda-feira, o estudante KPO, 22, também foi ao 1º DP informando que, a exemplo de sua mãe, havia procurado o corretor e pago R$ 1 mil, cada um, para financiar imóveis. Ele foi ao banco e foi informado que o cadastro foi aprovado, porém, para o negócio ser concretizado teria que dar R$ 28 mil de entrada. Segundo a vítima, o corretor teria dito que ele poderia dar apenas o valor que tem de FGTS, o que não era verdade. Já o contrato da mãe da vítima não foi aprovado e ela deveria pegar de volta a quantia paga. Mãe e filho foram à imobiliária e encontraram as portas fechadas. Também não localizaram o acusado pelos telefones disponíveis.
Como em princípio a polícia acreditava que o corretor fosse funcionário de uma imobiliária estabelecida na cidade, o caso foi registrado como apropriação indébita. Após constatar que a empresa parou de atender o público e que o corretor desapareceu, os policiais não têm dúvidas de que estão diante de um golpe. “O sonho da casa própria, ao que tudo indica, foi frustrado por um estelionatário. As evidências apontam para um golpe previamente articulado, pois a imobiliária fechou as portas e o corretor não é mais encontrado”, disse o delegado Alan Bazalha Lopes. A Polícia Civil informou que o acusado tem condenação por crime semelhante ocorrido em São Carlos.
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