CONDÔMINOS, CONVIVÊNCIA RAZOÁVEL E RESPONSABILIDADE

Grandes líderes do mercado contaram suas experiências empresariais na sede do Secovi-SP
Mauad, Wertheim, Chap Chap, Gambi, Pereira de Almeida e Bushatsky
Em seu último evento do ano, o PQE ofereceu uma oportunidade única para os interlocutores do setor: sob a coordenação de Paulo Germanos, ex-presidente e membro do Conselho Consultivo do Secovi-SP, três verdadeiros “monstros sagrados” do mercado imobiliário nacional estiveram, na noite de 18/11, na sede do Secovi-SP, para expor um pouco de suas histórias de vida, trajetórias de sucesso que não se deram por acaso, mas, antes de tudo, foram edificadas também por meio da qualidade, ética e muito trabalho, trazendo diferenciais para suas carreiras e empresas.A vontade de lutar – expressando extremo amor ao País e à atividade que exerce a mais de cinco décadas, Luciano Wertheim, atual vice-presidente da ACSP – Associação Comercial de São Paulo; membro do Conselho Consultivo do Secovi-SP e proprietário da Luciano Wertheim S/A Empreendimentos Imobiliários, assistiu de perto ao nascimento da atividade de incorporação imobiliária em São Paulo, que se deu também com a “valiosa contribuição do Sindicato”, como mesmo diz: “o Secovi é meu segundo lar, sempre foi”. Wertheim lembrou que não se deve interpretar qualidade no sentido formal do termo, pois, em seu sentido mais simples, ela é condição necessária, mas não suficiente para garantir o sucesso. “Qualidade envolve conceitos amplos, a exemplo de ética, adequação do projeto à condição e categoria social, conhecimentos econômicos, antropológicos, enfim, uma série de fatores, e, principalmente muita vontade de lutar”, considerou. “Podemos ter um exército bem equipado e gabaritado, mas, se não tivermos a vontade lutar, nada acontece”, completou.O empresário continuou seu discurso, abordando itens essenciais para a execução de uma obra, reportando-se à sua vasta experiência no setor, já que ele, literalmente, vivenciou o processo de migração da população rural para as áreas urbanas paulistanas. “Por esta e outras razões, nós, que estamos envolvidos com um setor tão visceral para o ser humano, precisamos extrapolar os conhecimentos em engenharia, e aprofundar-nos também em sociologia e antropologia. Foi o que fiz”, ilustrou.Wertheim terminou sua participação no evento citando trechos de um verso do ilustre Gonçalves Dias: “a vida é uma luta, os fracos se abatem, e os bravos e fortes se exaltam”, disse. A título de orientação para suplantar o momento econômico atual, o empresário deixou um recado: “a preocupação com o sucesso envolve a qualidade, se tivermos vontade de lutar. A nossa garantia é a própria garantia do cliente, e, só devemos prometer entregar aquilo que tivermos a certeza de terminar. Assim superaremos essa fase turbulenta que ora vivenciamos”, disse. O sonho da cidade à beira mar – “quando acreditamos realmente no que estamos fazendo, fatalmente teremos êxito”. Assim Luiz Carlos Pereira de Almeida, ex-presidente da Fiabci Brasil e Mundial e proprietário da Sobloco Construtoras S/A, iniciou sua participação no evento. O empresário, responsável pela urbanização da Riviera de São Lourenço, no Litoral de São Paulo, contou um pouco de sua odisséia para que um sonho antigo se realizasse, e não foi fácil, segundo mesmo diz. “Lutamos até para conseguir mudança de leis, e também para convencer a opinião pública de que era possível construir prédios em frente ao mar a partir de uma atitude sustentável”, revelou. A proposta da Sobloco naquela época era – como é até hoje – fazer com que o maior número de pessoas pudesse desfrutar de lazer com segurança, equilíbrio, e sem perder o sentido de preservação do meio ambiente. “Não pararemos por aqui. É uma história de quase três décadas que gerou bons frutos e serviu de exemplo para a expansão e progresso inclusive de outras localidades da cidade”, afirma Pereira de Almeida. Hoje a Sobloco atua fortemente na região do ABC paulista, aonde já planeja verdadeiros bairros repletos de infra-estrutura e diferenciais tecnológicos.O fundador da Sobloco, que começou sua carreira como engenheiro da prefeitura e mais tarde loteando cemitérios, se mostrou mais cheio de vida do que nunca, e fez questão de passar uma mensagem essencial para quem está começando: “ética e responsabilidade não é coisa que se consegue do dia para a noite, pode levar uma vida inteira. Quanto mais mantermos a confiança no nosso produto, mais cativaremos nosso cliente”, finalizou.O homem que vendeu um fusca para iniciar um império – quando nos idos da década de 40 o garoto Romeu Chap Chap passeava ainda de calças curtas num bonde camarão, ao longo da já palpitante avenida Paulista com seus novos e fascinantes “espigões”, talvez não imaginasse aonde iria chegar. Ou, talvez sim, dada a sua determinação e seriedade em tudo o que já fazia e faz até os dias de hoje. De distribuidor de panfletos de anúncio de cinema, ou como um vendedor de móveis de êxito, ou mesmo no papel de jovem universitário que, incansavelmente, produziu cerca de 600 ofícios solicitando às grandes empresas e instituições norte-americanas uma primeira oportunidade de viagem ao exterior, Chap Chap, atual presidente do Conselho Consultivo do Sindicato e proprietário da Construtora Romeu Chap Chap Ltda, construiu um império que, de longe, transcende as raias financeiras. “Minha filosofia é fazer diferença na vida das pessoas, e isso se consegue com foco e respeito ao cliente”, considerou o empresário. Ainda segundo Chap Chap, o sucesso de fato só acontece se o compromisso com a qualidade for uma constante.Esse viajante por natureza, logo percebeu que a saúde da indústria imobiliária é visceral para o crescimento de um país, e que a aproximação de entidades de classe - a exemplo do Secovi-SP, do qual esteve à frente por algumas gestões -, com o mundo político além de abrir portas, une um setor em prol de uma mesma causa. “Conviver com o concorrente de forma saudável e ouvir a experiência do parceiro são bases para o sucesso. Entidades são escolas”, concluiu. A exemplo de seus parceiros, Chap Chap fez questão de passar ao público alguns lemas que pautaram sua vida: “Só façam aquilo que realmente vocês gostam, respeitem seus limites e não corram atrás do dinheiro. Ele chega naturalmente, se você desempenhar um bom trabalho”.O “senhor da habitação”,como já é reconhecido em seu ramo, ainda evidenciou o poder e a importância da paciência, qualquer que seja a “empreitada” que iremos enfrentar. “Mesmo com um produto de qualidade, se o empresário não tiver atendimento e conquistar a satisfação do cliente, nada acontece”, afirmou, fazendo, ainda, um alerta: “sempre teremos alguém duvidando do que fazemos, mas, se vendermos a ‘verdade’, nada nos atingirá”.Após reconhecer no PQE uma “estrutura fantástica” que precisa ser mantida, o atual presidente do Conselho Consultivo do Sindicato passou a palavra a Miguel Sergio Mauad, ex-presidente e membro do Conselho Consultivo do Secovi-SP, que por sua vez conduziu as homenagens às empresas, que, pela 10ª vez consecutiva (desde a criação do Programa), conseguiram sua certificação.O evento também foi prestigiado pelo coordenador e presidente do Conselho de Arbitragem do PQE, Luis Fernando Gambi e Jaques Bushatsky, respectivamente.

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