CRECI: VENDA DE IMÓVEIS USADOS CRESCE 44,96% NO ESTADO DE SÃO PAULO


O mercado de imóveis usados do Estado de São Paulo registrou forte recuperação das vendas em novembro, que foram 44,96% maiores que em outubro segundo pesquisa com 1.465 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP). As imobiliárias consultadas venderam 1.115 imóveis, o que fez o índice estadual de vendas saltar de 0,5250 em outubro para 0,7611 em novembro. Em outubro, as vendas tiveram queda de 18,29% em relação a setembro.
"Importante é observar o desempenho acumulado no ano, expurgado das variações sazonais, onde se vê claramente que 2011, até novembro, foi um ano positivo para o mercado de usados no Estado", afirma José Augusto Viana Neto, presidente do CRECISP. De janeiro até novembro, o volume de imóveis negociados no mercado imobiliário paulista é positivo em 26,50%. "É muito provável que o ano feche no azul, sem sinal de crise", completa.
Outro indicador importante do bom comportamento do mercado de imóveis usados em São Paulo é o Índice Estadual de Preços de Imóveis Usados Residenciais (IEPI-UR/Crecisp), composto por todos os valores de venda e locação levantados pela pesquisa CRECISP. Em novembro, o índice teve variação positiva de 12,11%, que sobe para 13,8% no acumulado de 2011.
As vendas cresceram nas quatro regiões do Estado que compõem a pesquisa CRECISP. O aumento foi de 28,18% na Capital, de 33,17% no Litoral, de 62,31% no Interior e de 52,05% nas cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco.
Apartamentos lideram vendas
Os apartamentos foram os imóveis que as imobiliárias pesquisadas pelo CRECISP mais venderam em novembro no Estado de São Paulo - 52,65% do total de vendas. As casas ficaram com os restantes 47,35%.
Os imóveis mais vendidos na Capital, com 64,35% dos negócios formalizados, foram os de valor superior a R$200 mil. Nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, a faixa de valor até R$200 mil concentrou 51,50% das vendas. No Interior e no Litoral, os mais vendidos foram os imóveis de até R$180 mil, com 55,83% e 57,25%, respectivamente.
Os financiamentos predominaram entre as várias formas de pagamento utilizadas para a aquisição de casas e apartamentos em três das quatro regiões do Estado. Nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco, foram financiados 75% dos imóveis vendidos, percentual que foi de 56,56% no Interior e de 53,19% na Capital. No Litoral, a maioria das vendas, 50%, foi feita à vista.
A pesquisa CRECISP encontrou em Araçatuba o imóvel com menor valor de metro quadrado vendido em novembro no Estado. Casas de 1 dormitório situadas em bairros da região central foram vendidas pelo preço mínimo de R$354,17 e máximo de R$1.500,00. Entres os imóveis mais caros de novembro, d estacou-se um apartamento de 3 dormitórios na área central de Osasco, vendido por R$13.136,29 o metro quadrado.
Locação residencial segue em alta com 7,20% a mais de novos contratos.
O mercado de locação residencial manteve-se em crescimento em novembro no Estado de São Paulo. O número de novas locações, que havia crescido 10,77% em outubro, aumentou 7,20% em novembro segundo pesquisa feita com 1.465 imobiliárias de 37 cidades pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP).
As imobiliárias alugaram 3.160 imóveis, o que fez o índice estadual de locação subir de 2,0122 em outubro para 2,1570 em novembro. As casas predominaram sobre os apartamentos, com 1.885 unidades, o equivalente a 59,65% do total. Apartamentos somaram 1.275 unidades, ou 40,35% das unidades alugadas.
O desempenho foi positivo em três das quatro regiões em que se divide a pesquisa CRECISP: Interior (+ 15,68%), Litoral (+ 13,90%) e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 7,31%). Na Capital, houve queda de 5,66%.
Os imóveis mais alugados na Capital em novembro foram os de aluguel mensal até R$1.000,00, com 54,91% do total de novos contratos. Já as casas e apartamentos com aluguel de até R$800,00 predominaram no Interior (56,82%), no Litoral (50,22%) e nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco (64,38%).
Inquilinos devolveram para as imobiliárias pesquisadas 1.866 imóveis, o equivalente a 59,05% das novas locações. A maioria delas adotou o fiador como instrumento de garantia de pagamento do aluguel em caso de inadimplência - ele esteve presente em 85,79% dos contratos formalizados no Interior, em 43,17% no Litoral, em 36,09% na Capital e em 46,02% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco.
A inadimplência aumentou 24,18% em novembro no Estado - estava em 3,39% do total de contratos em vigor e m outubro e subiu para 4,21% em novembro. A pesquisa CRECISP constatou que 68,51% das novas locações em novembro se concentraram em bairros da região central das 18 cidades pesquisadas no Interior, diluindo-se as demais pelas áreas nobres (10,56%) e por bairros das regiões mais periféricas (20,93%).
O imóvel com menor aluguel - R$150,00 - em novembro no Estado foi um apartamento de um dormitório localizado em bairro da periferia de Santo Andre. O aluguel mais caro foi encontrado em Ilhabela, onde uma casa de quatro dormitórios foi alugada por R$10.000,00 mensais.
A pesquisa CRECISP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatat uba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.
Fonte: Creci

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