Comprar um imóvel na planta, com objetivo de ganhar com a valorização do bem, é visto por muitas pessoas como uma alternativa interessante. Mas será que adquirir um bem ainda no papel é mesmo a melhor opção para quem pretende entrar neste mercado?
Na opinião do CEO da Vitacon Incorporadora, Alexandre Lafer Frankel, os imóveis na planta podem, sim, ser uma boa alternativa. “Um imóvel na planta tende a valorizar de 30% a 70%”, afirma.
Entretanto, ele lembra que algumas características são fundamentais para que o bem traga o retorno financeiro esperado. “O empreendimento precisa estar bem localizado e ter projeto arquitetônico moderno e atualizado. Itens como vagas de estacionamento podem ajudar na valorização”, diz.
Uma das vantagens de comprar imóveis na planta, segundo ele, são as boas opções de financiamento. “Mas o investidor tem que analisar se tem fôlego para aguentar as parcelas”, alerta.
De acordo com Frankel, também é preciso que a incorporadora e a construtora entreguem o empreendimento com qualidade e no tempo prometido. “O investidor deve saber se a incorporadora e construtora são sólidas, com reputação de quem entrega o empreendimento no prazo e com bom acabamento, para garantir um bom negócio”, ressalta.
Apenas imóveis comerciais Na opinião do coordenador do curso de Real Estate da Poli/USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), João da Rocha Lima Júnior, a compra de imóveis residenciais - com objetivo de vender mais caro depois – não é um investimento em “real estate” (bens imóveis). “Este tipo de compra é especulação”, afirma.
Segundo ele, o investimento sólido em imóveis deve ser feito por meio da aquisição de imóveis comerciais, com objetivo de obter renda por meio do recebimento de aluguéis.
Quem adquire um imóvel comercial na planta está exposto a dois riscos principais: o primeiro é o ciclo vazio. “Você pode ficar até 3 anos sem ter nenhuma renda, pelo fato do imóvel ainda não estar alugado”, afirma o professor.
Outro ponto importante é que, ao comprar um imóvel na planta hoje, o investidor precisa lembrar que o retorno começará daqui a alguns anos, quando a economia e o mercado podem estar muito diferentes. “Você precisa fazer uma projeção para o cenário daqui a 3 anos, quando você não conhece como estará e economia e a disputa de mercado”, afirma o professor.
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